
HOMENAGENS



6 de Junho 2010
INSTITUTO MADRE MATILDE



Por vezes, ao querermos
fazer um discurso com o intuito de evidenciar ou enaltecer méritos - individuais
ou colectivos -, temos alguma dificuldade em fazê-lo. Uma, por julgarmos o
homenageado avesso a quaisquer elogios - o mesmo que dizer: demasiadamente
simples e modesto. Outras, por pensarmos que as palavras proferidas, não são as
mais apropriadas ao alvo da Homenagem ou ao fim em vista.
Hoje, espero que estas simples e poucas
palavras - escritas nestes papéis - vos dêem a conhecer o que nos vai na alma,
no que diz respeito ao que rápida e progressivamente, vai agravando o estado de
espírito da maioria dos cidadãos. Estes, são os tais cidadãos que, queiramos ou
não, também fazem parte da nossa sociedade. Felizmente para todos nós, ainda vão
existindo Instituições de Solidariedade Social, que lutam - algumas com
muita dificuldade - contra
tal “estado de coisas”.
Julgo não ser novidade para ninguém, falar e
constatar sobre o caminho deprimente - para não dizer rumo - que os nossos
governantes estão a “palmilhar”, no sentido de estarem a “fabricar”um eventual
colapso…do nosso País. Seria fastidioso, estar aqui a esmiuçar as inúmeras
situações - políticas, económicas e sociais – que mais contribuem e contribuíram
para tamanho descalabro. Se me permitirem, de todas elas, vou-me debruçar sobre
aquela que, no nosso entender, mais aflige a nossa gente: a SOCIAL. Não será
necessário ser-se muito inteligente ou um bom entendedor para, com relativa
facilidade, se perceber e conhecer a principal origem deste flagelo: o
DESEMPREGO. E, como de uma “bola de neve” se tratasse, este flagelo… advém de um
outro. Para muitos… o maior de todos: o ECONÓMICO. Minhas caras amigas e amigos:
todas estas crises - e mais algumas que não
quero mencionar – conduzem-nos à mais perigosa
das crises! Quiçá…a maior de todas: a SOCIAL. Digo isto com toda a convicção
porque, os muitos conflitos por ela originados, surgem na maioria das vezes
através da INSTABILIDADE EMOCIONAL, passando pelos da INSTABILIDADE FAMILIAR e
acabando nos de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Como é fácil de compreender, todas elas são
as geradoras das principais vítimas: as de MAUS TRATOS e as de ABANDONO
FAMILIAR. Perdoem-me na minha insistência, ao continuar nesta sequência de
factos, mas não fico satisfeito nem tranquilo, se não lhe der um pouco de
seguimento, apenas para lembrar e chamar a atenção destas vítimas, para os
perigosos “declives” em que podem resvalar e até, para os “abismos” que lhes
surgirão pela frente, com grandes hipóteses de se poderem transformar em
autênticos precipícios: A MARGINALIDADE OU A DELINQUÊNCIA transformadas em
CRIMINALIDADE, PROSTITUIÇÃO, DROGA, ROUBO, ASSASSÍNIO e em muitos outros
perigos. Dentro deste contexto, falar-se em PEDOFILIA estará na moda, ou haverá
mesmo motivos para nisso se falar? Parece-me que, uma coisa ou outra - talvez
mesmos as duas - devam ser incluídas na lista da AUSÊNCIA de VALORES…a grande
doença desta sociedade.
Não tenho qualquer dificuldade em acreditar
no facto de a POBREZA ser proveniente da conjugação de todos estes factores.
Como já compreenderam, estou a falar na POBREZA propriamente dita. Não estou a
falar na pobreza de espírito, embora esta tenha a sua cota parte de
responsabilidade… pelo estado em que o País se encontra. Embora não me parecendo
muito simpático fazê-lo - porque estamos a falar em coisas sérias – permitam-me
comparar o estado SOCIAL do País, a um velho ditado popular: “CASA ONDE NÃO HÁ
PÃO, TODOS RALHAM E NINGUÉM TEM RAZÃO”. Atrevo-me a dizer que, no meio disto
tudo, há sempre CULPADOS. Responda quem quiser! Este meu desabafo, embora não
seja muito poético, poderá muito bem servir de mote para a parte discursiva que
pretendo relevar, face à primordial importância do papel desempenhado pelo
INSTITUTO MADRE MATILDE ao dar resposta ao S.O.S., lançado pelas vítimas deste
flagelo e, por via disso mesmo, contrariar o avolumar de tal situação. O
acolhimento que tem protagonizado, na protecção a muitas jovens raparigas
(algumas…crianças ainda!) sujeitas a cair nas tais “armadilhas” por mim
mencionadas há pouco, e ao mesmo tempo, tentar dar-lhes um verdadeiro “estatuto”
de MULHER, é motivo mais que suficiente para ser o alvo desta justa e merecida
HOMENAGEM.
Nós, os Autarcas, temos a obrigação de,
dentro daquilo que nos for possível, conhecer as necessidades mais prementes da
população que governamos e, conhecendo as suas dificuldades, dar-lhe o apoio que
se julgar mais apropriado e que, naturalmente, possa ser suportado pela
Autarquia envolvida nesse apoio. Estamos a viver uma época - esperamos que breve
– onde a chamada pobreza envergonhada, ganha cada vez mais raízes. É difícil,
viver assim. Algumas vezes, são alguns amigos (sem aspas) que, por “portas
travessas”, auxiliam essas pessoas, sem elas próprias ficarem a saber quem as
ajudou. Estes são…os verdadeiros amigos. Dentro de um outro contexto - não
muito diferente deste - há Instituições de carácter Social, que muito têm feito
em prol da sociedade. Algumas, teimam em manter-se numa espécie de anonimato, ao
não fazerem alarde do trabalho que desenvolvem. O silêncio, nestes casos,
costuma não ser bom conselheiro. A população tem de ser informada do que de bom
se faz na sociedade. Os olhos e o coração do mais comum dos mortais, necessitam
dessa informação. Os Autarcas da Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim querem,
neste momento solene, dar a conhecer à sociedade, uma dessas Instituições: o
INSTITUTO MADRE MATILDE.
À JUNTA DE FREGUESIA, e porque não, à Câmara
Municipal também, o seu trabalho não tem passado despercebido, por isso mesmo,
temos feito algum esforço no sentido de colmatar algumas das suas necessidades.
Hoje, não vamos colmatar nada. Vamos sim, prestar-lhe o devido TRIBUTO, já há
muito tempo merecido.
Não vou entrar em pormenores sobre a maneira
e as circunstâncias de como surgiu a Instituição na minha Terra, nem tão pouco a
sua origem. Seria fastidioso fazê-lo, visto isso já ser do vosso inteiro
conhecimento através da leitura do pequeno opúsculo que vos foi entregue à
entrada deste Auditório. Apenas vou tentar dar a conhecer ou lembrar aos
presentes, o quanto tem sido importante – hoje! …mais do que nunca - o serviço
por ela prestado à nossa comunidade e, ao mesmo tempo, apelar à solidariedade
dos Poveiros - temos de ser solidários uns com os outros – para nunca se
esquecerem do bem que nos fazem.
Quantas raparigas teriam sido albergadas
nesta Instituição? Com certeza que alguns milhares…desde a sua existência.
EDUCAR e ALIMENTAR toda esta gente, não tem sido tarefa fácil. Muito mais
complicada se torna a situação, quando é necessário CALÇAR e VESTIR, muitas
delas. Mais uma vez digo…não é fácil. Para uma Instituição como esta - que luta
com tantas dificuldades -, fazer destas jovens raparigas, as mulheres do AMANHÃ,
só Deus. Mas, segundo julgo, Deus não pode fazer tudo sozinho. É sempre
necessária ajuda e um esforço suplementar – monetários e físicos -, vindos de
qualquer outro lado. O outro lado, está garantido com a CORAGEM e,
essencialmente, o CARINHO das Irmãs religiosas do INSTITUTO MADRE MATILDE. Só a
determinação destas mulheres de Deus e a força que por Ele lhes foi concedida,
conseguem eliminar muitas dificuldades da sua árdua tarefa. As rosas depois de
criadas, e libertas de muitos dos seus espinhos, poderão ser transformadas num
multicolor e florido jardim, de onde mais tarde ou mais cedo, serão colhidas as
flores que, como de um milagre se tratasse, aparecem como as mulheres do futuro.
Como já perceberam, acabei de utilizar uma metáfora, para poder dar uma imagem
mais ou menos animadora, sobre o exigente e profícuo trabalho desenvolvido pelo
Instituto: as raparigas dão lá entrada… mental e espiritualmente afectadas e,
passados alguns anos, como se uma varinha mágica surgisse de repente,
“abre-se-lhes a porta” para um futuro mais ou menos…risonho, quando têm de
abandonar o lar - que tão carinhosamente as acolheu – e cientes de terem
alcançado os objectivos - mais que necessários - para a longa caminhada da vida
e capazes de as encorajar a agarrar com “unhas e dentes”, a primeira
oportunidade que lhes aparecer, garantindo-lhes a segurança necessária ao
enfrentar os muitos obstáculos que, com toda a certeza, lhes irão surgir no
sinuoso percurso das suas vidas. Sobre isto, deixem-me recordar uma velha máxima
- suponho que de origem chinesa -. Diz mais ou menos isto: mais importante do
que “DAR-LHES O PEIXE, É ENSINÁ-LAS A PESCAR”. É fundamentalmente isso, que a
Instituição tenta fazer: ensiná-las a”pescar”.
Hoje, mais do que nunca, ansiamos por viver
em PAZ. Para isso, necessitamos de uma sociedade mais JUSTA e FRATERNA onde:
a JUSTIÇA, não seja
uma palavra vã;
a DIGNIDADE, seja o expoente
máximo do comportamento humano;
a HONESTIDADE, ande de mãos
dadas com a SINCERIDADE.
Ao produzir este “desabafo”- que não deixa de
ser um desejo - a JUNTA DE FREGUESIA DA PÓVOA DE VARZIM fica ciente e com a
firme convicção de que esta HOMENAGEM é JUSTA, DIGNA, HONESTA e SINCERA, como
tem sido o trabalho produzido, durante quase meio século, pelo INSTITUTO MADRE
MATILDE.
Irmã Maria José Vieira, muito obrigado pelo vosso trabalho e pelo Carinho que
todas vós têm dispensado às nossas meninas.
QUE
DEUS VOS AJUDE
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia








17 de Maio de 2009
ANTÓNIO LOPES DA CONCEIÇÃO



António Conceição, presidente
da Banda Musical da Póvoa de Varzim, vai ser homenageado
pela Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim, no dia 17 de
Maio.
Grande parte dos seus 85 anos de vida
tem sido dedicada ao associativismo, na Banda Musical, Clube
Naval Povoense, Varzim SC, Associação “A Familiar”,
Federação Portuguesa de Pesca Desportiva de Alto Mar, e Casa
do Benfica da Póvoa.
Sobre a homenagem diz que foi apanhado
de surpresa: “não sou vaidoso mas é uma honra ver o nosso
trabalho ser reconhecido”.
Este ilustre poveiro conta
que teve uma infância normal e que sempre conseguiu
conciliar a sua vida profissional com o associativismo. “A
minha mãe era vendedora de peixe. Naquele tempo, ia com a
gamela na cabeça vender peixe nas freguesias. O meu pai
tinha uma sapataria no antigo mercado. Fui criado com os
meus avós paternos.
No dia 17 de Maio, às 11,00 horas, no
Auditório Municipal |
Falar sobre o homenageado de hoje, parece ser uma tarefa
fácil. Às vezes, o que parece é. No entanto, para mim, poderá não ser tão fácil
como isso! Julgo que falar de um Homem que, durante quase sete décadas, dedicou
grande parte da sua alma e muito do seu coração, ao bem-estar de muita gente, o
mesmo que dizer, à felicidade de uma boa parte da nossa comunidade, parece-me
ser um pouco difícil. Se, por outro lado, tomarmos em devida conta, o facto de
António Conceição se apresentar como uma pessoa simples – sinónimo da sua
maneira de estar na vida – e portanto, avessa a qualquer tipo de protagonismo, e
também, o seu relacionamento no dia-a-dia com a sociedade, ser um exemplo de
vida para todos nós, poderá de certo modo, facilitar-me a tarefa. De uma coisa
estou certo… vou falar de um Homem BOM.
Perguntar-me-ão: Então?!...basta um Homem, possuir alguns atributos de
Bondade, para que lhe seja prestado, qualquer tipo de HOMENAGEM? Sobre esta
interrogação, ocorre-me dizer o seguinte: Devia bastar!... Se tomarmos em devida
conta os tempos que correm e o mundo actual em que vivemos, onde a Hipocrisia, a
Mentira e a Inveja fazem da Honra, da Verdade e da Dignidade, palavras sem
qualquer sentido. Naturalmente que, com isto, pretendo apenas dizer o seguinte:
hoje em dia, a oportunidade de se descobrir e conhecer um Homem Bom, é uma
tarefa que, cada vez mais, se torna mais rara e, por consequência, mais difícil.
Penso que, através deste pequeno apontamento, a resposta estaria dada. Mas,
para os que acreditem ou não, o prémio destinado a recompensar o atributo de ser
BOM, só um Ser Superior a todos nós, o poderá atribuir. O que a Junta de
Freguesia pretende Homenagear, tendo todos vós como testemunhas e parte
integrante desta cerimónia, é o que este Homem fez de mais importante e útil,
pela comunidade da nossa Terra.
Seguramente que uma das virtudes que mais aprecio num ser humano - muito mais
se for um meu conterrâneo - é a sua disponibilidade no estar sempre pronto, para
se dedicar à sua Terra. E, para a servir, certamente que não é necessário ser um
“catedrático”, nem tão pouco, ser muito rico. Qualquer cidadão minimamente
honesto e suficientemente interessado, mesmo que a sua riqueza seja apenas de
espírito, consegue mover “montanhas” para poder ajudar o seu povo a ser feliz. O
Poveiro aqui presente, e que todos nós pretendemos Homenagear, obedece
perfeitamente a este conceito. Entendo, que por isso mesmo, e essencialmente,
pelos muitos anos que se encontra de “mãos dadas” com o Associativismo, a
justificação poderá estar dada na íntegra.
Sem pretender entrar no elogio fácil e tornar-me repetitivo, devo lembrar, que
este Homem, com a naturalidade que lhe é peculiar e sem pensar em qualquer
recompensa por tudo aquilo que fez e continua a fazer, é o protótipo do símbolo
do “Bem-Fazer”. Em 1956 – uma época em que se jogava por amor à camisola - e
quando nada o fazia prever, começou por se dedicar à arbitragem. Passados 11
anos e por ter concluído que não tinha mais “pachorra” para lhe dar
continuidade…desistiu. Quando, aos 12 anos, juntamente com seu pai, começou a
trabalhar, o que sempre fez com alegria e entusiasmo, predicados que lhe são
muito próprios, nunca descurou a sua vida profissional. Ao ter exercido diversas
actividades - “ligadas” a diversos ramos – conseguiu que estas lhe garantissem a
sua subsistência, assim como a da sua família. A última que exerceu, como
funcionário da empresa “Algodoeira de Angola” (instalada em S. Mamede de
Infesta), proporcionou-lhe a sua merecida reforma.
Por estar inadvertidamente a desviar-me do essencial, para pormenores que só
dizem respeito à sua vida pessoal e familiar (suponho que todos os presentes já
os conhecem, através do “livrinho” que vos foi distribuído à entrada para este
auditório), não me quero esquecer daquilo que para mim é fundamental e que no
“fundo”, é o culminar de uma justificação, para a sua mais que justa: HOMENAGEM.
Pelo seu amor à música e o prazer de estar muito próximo dela, há mais de
seis décadas que, através de um forte “cordão umbilical”, está ligado à nossa
Banda de Música. Esta sua ligação tornou-se mais vinculativa a partir de 10 de
Abril 1947, altura em que as duas bandas existentes, a dos Passarinhos e dos
Malhados se “fundiram”, numa só. Dessa fusão, nasceu a que ainda hoje existe,
embora transformada em Associação: Banda Musical da Póvoa de Varzim. Por força
das circunstâncias da época, esse vínculo tornou-se ainda mais forte, passados
mais de 30 anos, quando assumiu a sua Presidência, com o firme propósito de a
incrementar e de lhe dar maior solidez. Esse incremento ainda hoje continua,
pois que, uma das suas principais preocupações, tem sido e continua a ser, o
“recrutamento”de músicos naturais da Póvoa de Varzim. Nesse sentido, dotou a
Associação de uma escola de música, com o intuito de, a partir dela, a Banda
poder ser constituída, apenas com gente Poveira. Com todo o meu respeito e a
vossa paciência, especialmente a do nosso convidado de honra, permitam-me que
aproveite esta oportunidade para vos recordar o dia 12 de Junho do ano 1864, por
ter sido a data em que, pela primeira vez, surgiu nesta cidade – que é muito
nossa - uma Banda Musical. Por motivos completamente desconhecidos para mim,
essa mesma Banda, foi alvo de uma cisão em finais de 1924, dando origem ao
aparecimento das duas, que a seguir me reporto: Sociedade Musical da Banda
Povoense Concelhia e Banda Musical “A Poveira”. Ambas ficaram conhecidas
respectivamente por “ Banda dos Passarinhos” e “ Banda dos Malhados”,
designações estas, já por mim mencionadas anteriormente Hoje, passados 62 anos
da sua reunificação, a nossa Banda é composta por 60 jovens músicos de ambos os
sexos. Menos 8 elementos, do que o número de anos, que o nosso Homenageado, está
ao serviço dela própria: 68.
Se formos intelectualmente honestos, poderemos concluir, não ser muito
frequente um qualquer cidadão, servir uma Instituição durante tantos anos, sem
nunca ter recebido nada em troca. Isto, meus caros amigos, não é normal. Ainda
hoje, apesar dos seus provectos 85 anos de idade, continua a ser a “alma viva”
da sua Banda. Este Homem, não desiste. Vamos vê-lo, pelo menos mais 2 anos, a
lutar por aquilo que sempre o animou e lhe foi prometido, mas que, por questões
burocráticas, ainda não se concretizou: o sonho de ver construída e inaugurada a
sua sede tantas vezes reclamada: a da Banda Musical.
Como bom Poveiro que é, não será para admirar, o facto de gostar do mar e ter
uma enorme admiração pela pesca. Foi por influência destas suas grandes paixões,
que o seu íntimo o levou até ao Clube Naval Povoense. Aí, ao dar o seu
contributo em algumas das vitórias alcançadas pelo Clube – como atleta de Pesca
Desportiva – acabou por ser um dos seus Dirigentes. Ainda hoje se mantém, nos
Órgãos Sociais da colectividade. Mas, além desta, o Varzim S. C., a Federação
Portuguesa de Pesca Desportiva de Alto Mar, a Associação “A Familiar”entre
outras, foram outras das Instituições a beneficiarem do saber e da entrega à
Filantropia, do bom Samaritano que hoje aqui nos faz reunir.
Por ser verdade e também por uma questão de honra, tenho a obrigação de vos
recordar o facto de este Homem já ter sido meu adversário político, como cabeça
de lista de um partido de esquerda, à Junta de Freguesia e ter sido membro da
Assembleia Municipal durante um mandato defendendo igualmente a esquerda.
Ao fazer-se contas ao tempo de “carolice” desenvolvida por este Homem, não
será difícil concluir, que são muitos os anos de autêntica e verdadeira doação
aos outros. Quando se resolveu dedicar à Terra que o viu nascer, com entusiasmo
e dedicação – próprio dos abnegados – e sem estar à espera de quaisquer
benefícios em proveito próprio, o Cidadão que aqui se encontra junto de nós,
para que lhe seja prestada esta justa e merecida HOMENAGEM, mostra à sociedade,
que a “juventude” não é mencionada no Bilhete de Identidade e o ser Benfeitor
não necessita de “propaganda”. Este Homem, nunca virou a cara à luta. Este Homem
nunca se acomodou. Este Homem merece a admiração de todos nós.
OBRIGADO
Senhor ANTÓNIO LOPES DA CONCEIÇÃO
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim





01 de Junho de 2008
LUÍS LEAL


A Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim
vai homenagear Luís Leal, pela longa carreira no jornalismo,
colaborou
em jornais como Record, A Bola, Comércio do Porto, Comércio
da Póvoa, Notícias da Póvoa, Norte Desportivo, Diário
Popular, A Capital, entre outros
e pelo trabalho que desenvolveu em prol
do desporto e do associativismo poveiro.
Desde sempre ligado à política, é actualmente militante do
PCP.
Luís Leal tem
73 anos de idade e mais de 60 anos foram dedicados ao
jornalismo.
No dia 1 de Junho, às 11,00 horas, no
Auditório Municipal |
Como é do
conhecimento geral, pelo menos dos mais atentos, um dos maiores
“flagelos” que enferma esta triste e pobre Sociedade – supostamente
civilizada - é a constante e preocupante procura de protagonismo
que, para muita gente, é o meio mais eficaz de conseguir um
“Estatuto” que a consiga tornar mais conhecida. Esta procura, é
feita na maior parte das vezes, sem olhar a meios, o que, para os
mais honestos e competentes, se apresenta como um muro
intransponível para alcançar o almejado emprego. Tal situação, não
me provoca qualquer admiração, pelo facto de, lenta e
progressivamente, me ir apercebendo, que uma parte considerável de
entidades empregadoras, confunde “lábia” ou “paleio”, com
competência; aparência, para não dizer “fachada”, com personalidade;
subserviência, com respeito; “agressividade”, com autoridade;
bajulação ou adulação, com humildade e o “faz de conta”, com
capacidade de trabalho. Quero com isto dizer, que “o dar nas vistas”
- o tal protagonismo - em Portugal, é a forma mais eficaz para se
conseguir bons empregos e, com relativa facilidade, as pessoas que
assim procedem, serem premiadas - pelos mais ingénuos e incautos -
com o “estatuto” de pessoas “importantes”. Pior do que isto, é
aquela gente que, sem qualquer pejo, vende ou empenha a própria
dignidade, para atingir os seus próprios desígnios. Escusado será
dizer, que tais pessoas, não deveriam merecer um mínimo de atenção,
o mesmo que dizer, de credibilidade, por parte de outras mais
responsáveis e credoras de todo o nosso respeito. Mas, infelizmente,
isso não se verifica. O verdadeiro homem, aquele que, pela sua
inteligência, pela sua generosidade, pelos seus conhecimentos, pelo
contributo que dá ou já deu, em prol de uma sociedade mais justa e
fraterna, mas principalmente pelo seu carácter, não procura tal
protagonismo, porque tem confiança nessas suas qualidades. Na
maioria dos casos, até o rejeita. Mas, afinal de contas, onde está a
sociedade capaz de avaliar esta boa gente? Qual será o meio mais
indicado, para “separar o trigo do joio”? Ouso dizer, que não é
tarefa fácil, chegar-se a uma definição. Assim como, também me
atrevo afirmar, que não é difícil tentar conhecer esta gente e
separar os Bons dos Maus, reconhecendo e distinguindo, sempre que
possível e com naturalidade… os Bons. Esta será também, uma forma
meritória e gratificante, de contribuir para a construção e
solidificação da tal sociedade mais justa e fraterna que, a maioria
de nós… anseia.
As
Autarquias têm um papel fundamental nesta missão de reconhecimento e
distinção, após ter avaliado o cidadão que, por isto ou por aquilo,
tenha contribuído desinteressadamente para o bem-estar de uma
comunidade e, com isso, para o prestígio da sua própria Terra. Esta
avaliação, só por si, já pode ser considerada uma manifestação ou
uma atitude de reconhecimento. Contudo, elas, as Autarquias, devem
manifestar esse reconhecimento publicamente. Cidadãos de tamanho
gabarito – para mim, gabarito é sinónimo de dignidade -, devem
servir de exemplo a tantos outros, e por isso mesmo, deverão ser
alvo do devido Tributo. Hoje, a Junta de Freguesia da Póvoa de
Varzim, está a cumprir essa missão.
Conheço bem,
o Homem que aqui está a ser homenageado. O Luís Leal, embora optando
por uma ideologia político/partidária diferente da minha, e
naturalmente do da Junta de Freguesia que presido, e também, tal
como eu, ser um homem do povo, certamente que não discordará deste
meu “desabafo” que, ao jeito de intróito, se apresenta como uma
atitude por ele sempre defendida e que, noutras ou nas mesmas
circunstâncias, não se coibiria em fazer este mesmo discurso. Não é
somente pelo facto de ter sido e continuado a ser Jornalista, que
ele aqui se encontra como alvo desta justa e merecida homenagem. A
sua modéstia, a sua simplicidade, a sua popularidade, o seu
“Poveirismo”, o seu valor e, principalmente, o seu carácter, foram
também valores tomados em devida conta, para que o próprio, mesmo
sem o querer, fosse o protagonista da cerimónia que hoje se realiza.
Ele, não andou à procura deste protagonismo, nós, Junta de
Freguesia, é que entendemos dar-lho. Os homens devem ser avaliados
pelo que fazem e pelo seu carácter, e nunca pelo que dizem ou pela
cor política que defendem.
Não vou aqui
falar sobre a biografia, nem tão pouco do longo percurso de vida
deste homem, porque isso já é do conhecimento de todos vós, através
da leitura desse pequenino livro que vos foi distribuído à entrada
deste Auditório. Quero contudo realçar, o entusiasmo e empenho, que
sempre dispensou às inúmeras iniciativas de carácter social e
desportivo em que se envolveu. Entre estas, quero recordar a sua
“luta” pela instalação de um recinto apropriado, para que as
crianças do seu bairro - Nova Sintra – pudessem “dar largas à sua
alegria” e “traquinices” num ambiente saudável e seguro. Foi
através dessa sua persistência junto das entidades responsáveis pelo
bem-estar de uma comunidade, que nasceu o actual Parque Infantil no
conhecido bairro operário. Aí, foi mandado construir, sob a
responsabilidade física e financeira da Junta de Freguesia local, e
que até aos dias de hoje, o vem adaptando às múltiplas solicitações
- modernizando-o - e a tratar da sua manutenção.
Sendo a
saúde e o bem estar das crianças duas das suas preocupações, pensou
juntar, neste caso, o agradável ao útil – o desporto - , criando o
Plano de Promoção de Atletismo no sentido de ocupar as crianças nos
seus tempos livres e facilitar-lhes o seu desenvolvimento físico e
mental. Lembro-me que, quando pela 1ª vez fui eleito Presidente da
Junta, a Freguesia da Póvoa de Varzim não apoiava este Plano. Ciente
desta lacuna, preocupei-me de imediato em trocar umas impressões –
sem qualquer formalidade - com o Luís Leal para, a partir dessa
altura e quando entendesse, pudesse contar com o nosso apoio para o
citado plano.
Quando foi
director do Varzim. S.C. e como “varzinista” dos “quatro costados”
que continua a ser, o Luís Leal apercebeu-se no seio do seu clube de
sempre, da falta de algo, que pudesse informar os associados do
clube e demais simpatizantes, sobre o que de maior interesse e mais
importante, decorresse na vida da instituição. Para colmatar essa
ausência de informação, o homenageado, valeu-se do seu estatuto de
Jornalista Desportivo, como quem diz, da sua arte de escrever, para
fazer nascer e, mais tarde criar, um jornal informativo. A “criança”
nasceu e foi baptizada com um nome: “ O Varzim “. Ainda hoje se
mantém, e do qual, é seu Director e Redactor.
Não foi de
ânimo leve nem por acaso, que este dia foi o eleito para a
manifestação de regozijo que hoje aqui se vive. Não…não foi. Foi-o
única e simplesmente, pelo facto de se tratar do DIA MUNDIAL DA
CRIANÇA… o dia de eleição do Luís Leal.
Estando a
apoderar-se de mim a nítida sensação de este meu discurso começar a
alongar-se e o receio de me tornar repetitivo em relação ao que aqui
foi dito e lido sobre o Homenageado, permitam-me que o conclua, com
uma pequena referência ao momento que aqui estamos a viver.
A
Comunicação Social do nosso Concelho está, na nossa opinião, muito
bem representada pelo Luís Leal. Não porque ele tivesse sido um
jornalista que tivesse escrito, ou escreva, muito sobre a Póvoa ou
que pertença ao grupo dos ditos “eruditos” ou “intelectuais”, mas,
essencialmente, pela sua Verdade, pela sua Simplicidade, pela sua
Popularidade, pelo seu Carácter e, principalmente, pela vontade e o
amor que dispensa a tudo o que escreve.
Luís Leal,
peço-te que continues a deliciar-te com a tua escrita. Que
continues, a fazer aquilo que outros não fazem. Que continues, a
lutar pelos teus ideais. Que continues a ser, o Homem que sempre
foste.
P A R A B É
N S e F E L I C I D A D E S 01-06-2008
Daniel Bernardo






03 de Junho de 2007
Real Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim


No
decorrer do século XIV, mais concretamente, no ano de 1395, surge o 1º. Serviço
de incêndios em Portugal. Nessa época, governava o País, o Rei D.João I. Mas, o
maior incremento destes serviços, surgiu no século XVII, quando o reino era
liderado por D.JoãoIV. No século seguinte – decorria o ano de 1734 –, surge a
designação BOMBEIRO. Se nos recordarmos da indispensável e principal ferramenta
utilizada no combate aos incêndios, que é a BOMBA (neste caso particular, a de
injectar água), não nos será difícil perceber a razão de os Soldados da Paz,
passarem a ser conhecidos por… BOMBEIROS.
Decorria o
século XIX, quando os da minha Terra, e todos quantos a eles se encontravam
ligados, se reuniram no sentido de darem curso àquilo que há bastante tempo lhes
“martelava” no cérebro: fundarem um género de “Companhia de Bombeiros
Voluntários”. Isso surgiu no dia 1 de Outubro de 1877, para mais tarde vir a
optar por uma outra designação, mais consentânea com a sua verdadeira função
humanitária: “ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA PÓVOA DE
VARZIM”. Posteriormente, para ser mais preciso, em 6 de Janeiro de 1892, passou
a ser uma Instituição oficializada. Já no princípio do século XX, para ser mais
exacto, no ano de 1904, o Rei D.Carlos, permitiu que a nossa Associação de
bombeiros, utilizasse a designação de: “REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA PÓVOA DE VARZIM”.
Durante estes
quase 130 anos de vida, foram muitos os voluntários que, de alma e coração, se
empenharam na nobre tarefa de auxiliar os outros. Ao falar em voluntários, não
me quero referir apenas e somente, ao Corpo Activo. Seria uma enorme injustiça,
esquecer-me de incluir os corações e as almas, de todos aqueles que constituíram
e mantêm os Órgãos Sociais da Instituição. Todos eles, sem qualquer espécie de
dúvidas, têm desempenhado e desenvolvido, relevantes serviços de acção cívica e
humanitária. Ambos – corpo activo e social - com um expressivo e contagiante
espírito de solidariedade, procuram entender e minimizar, muitos dos flagelos
que actualmente assolam e afligem o mundo. Quero-me reportar mais concretamente,
aos fogos florestais e aos estúpidos e múltiplos acidentes rodoviários.
VIDA POR VIDA,
como toda a gente sabe, é o LEMA atribuído a todas as corporações de BOMBEIROS
deste País. Na nossa opinião, nada há, de mais apropriado, que defina com tanta
clareza, o sacrifício de tantos homens e mulheres que, voluntariamente, arriscam
a própria vida para salvar a do seu próximo. Elas e eles, têm sido incansáveis
na sua incessante luta contra o tempo, para acudirem a todo o género de
catástrofes, ao despenderem muitas das suas forças durante horas sem descanso.
Esta luta contra o tempo, não se limita apenas à rapidez do auxílio que deve ser
prestado, aos que dele necessitam. Antes disso, há que lutar - muitas vezes –
contra os mais diversos contratempos que, durante a sua “correria”, lhes vão
surgindo pelo caminho, até chegarem ao seu destino. Naturalmente que ninguém
desconhece a quantidade de estradas sinuosas que por este Portugal existem.
Também, toda a gente conhece, a existência de acessos por caminhos difíceis, ao
sítio pretendido. Para completar este rol de dificuldades, pensemos no triste
isolamento em que se encontram muitos locais e na falta de meios que daí advêm.
Se também, levarmos em devida conta, as condições climatéricas adversas - que
vezes sem conta, se fazem sentir - não será difícil concluir, o quanto longa é a
batalha, que os soldados da paz têm que travar, até poderem desempenhar a sua
missão.
Por isto e…
muito mais, todos nós deveremos considerar o insano trabalho desenvolvido por
esta plêiade de homens e mulheres como uma atitude de relevantes serviços de
acção cívica e humanitária.
Tomando em
devida conta as novas tecnologias e materiais sofisticados aplicados na
construção dos edifícios, que fazem desta Terra, uma cidade moderna, devo
reconhecer a falta de meios adequados com que a Associação se debate. A
propósito disto, estou a lembrar-me da tão falada escada “Magyrus”. Lutemos por
ela…mais uma vez. A transformação do concelho, deve também ser acompanhada pela
angariação e formação de jovens bombeiros, criando novas e melhores condições
para actuar – em caso de incêndio ou acidente - , embora reconhecendo não ser
tarefa fácil. Seria também pedagógico e útil, tanto às Autarquias como à própria
Associação, promoverem acções de sensibilização junto dos proprietários das
chamadas “bouças”, no sentido de se proceder à sua limpeza, o que, para além de
evitar incêndios, contribuiria de uma forma bastante agradável, para a renovação
da natureza. Com isto, e segundo o meu ponto de vista, apenas pretendo dar uma
despretensiosa opinião sobre um assunto que, eventualmente, poderá contribuir
para o serenar de almas mais sensíveis ao “incessante” toque da sirene ao
imaginarem – por vezes assistirem – à louca correria dos voluntários, para num
frenesim corajoso e destemido, porem em risco as suas próprias vida. CORAGEM,
HEROÍSMO, SOLIDARIEDADE, e ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO, quando conjugados com
eficiência e humildade, definem o verdadeiro HERÓI. Ao longo destes 130 anos,
foram alguns os heróis, que fizeram e fazem a História da Instituição e dos
Bombeiros Portugueses. Permitam-me que recorde, com muito orgulho, alguns deles.
Começo por aquele, em que a modéstia e a humildade, no seu transparente
relacionamento com os outros, não faziam adivinhar o valor das muitas
condecorações, que lhe foram impostas no seu peito. Parte delas, encontram-se
expostas no nosso Museu de Etnografia e História Foi um dos Bombeiros de
Portugal, mais condecorados do País: GASPAR FERNANDES AREIAS. Era natural de
Leça de Palmeira. Um outro homem, pese o facto de nunca ter sido bombeiro e o
seu nascimento ter ocorrido na cidade do Porto, desenvolveu – como benemérito –
uma acção social digna de registo. Chamava-se: CÂNDIDO LANDOLT. Mais um ilustre
Poveiro de coração – pois era natural de Vieira do Minho – foi um dos grandes
Comandantes dos nossos Soldados da Paz: MAJOR ANTÓNIO MOTA. Por último, e sem
qualquer menosprezo por todos os outros que - de uma forma ou de outra -
serviram com galhardia, a Instituição nascida sob o signo da FILANTROPIA,
deixem-me recordar um dos Presidentes de Direcção que, pelo trabalho
desenvolvido, é digno de todos os encómios: DOMINGOS BARBOSA.
Por esta sua
longa e sublime actividade, a Associação veio a ser reconhecida, distinguida e
galardoada, pelas mais diversas entidades públicas do País, tendo-lhe sido
atribuídos diversos LOUVORES e CONDECORAÇÕES. Permitam-me que destaque alguns:
Medalha/cobre
de CORAGEM, ABNEGAÇÃO E HUMANIDADE, atribuída pelo Instituto de Socorros a
Náufragos (1920); LOUVOR do Governo da República (1921); LOUVOR da Câmara
Municipal da Póvoa de Varzim, por ser considerada e reconhecida como:
INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA (1927); Medalha de Ouro da PÓVOA DE VARZIM
(1928); Medalha de CAVALEIRO DA ORDEM MILITAR DE TORRE E ESPADA, VALOR, LEALDADE
E MÉRITO COM PALMA (1929); Medalha de OURO com duas Estrelas da Liga dos
Bombeiros Portugueses (1977).
Minhas Senhoras
e meus Senhores, perante tudo isto, a JUNTA DE FREGUESIA DA PÓVOA DE VARZIM não
poderia ficar indiferente a tão nobre INSTITUIÇÃO. Por isso, e perante todos
vós, propôs-se prestar esta singela, justa e merecida HOMENAGEM à REAL
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA PÓVOA DE VARZIM.
Antes de
terminar este já longo e “maçudo” discurso, pelo que desde já, apresento as
minhas sinceras desculpas, gostaria de recordar uma estrofe do poema escrito
pelo Dr.Josué Trocado que compõe o hino dedicado aos nossos bombeiros:
Avante, com Fé! Lutar com todo o ardor
Salvar,
combater sem tréguas, com amor!
Avante, com Fé!
Queremos alcançar
A vitória da
morte e da dor!...
Obrigado pela vossa presença e pela paciência de me terem escutado.
Felicidades para todos.
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim







21 de Maio de 2006
A Beneficente
É grande a minha satisfação ao
redigir estas singelas e sentidas palavras dirigidas a uma das instituições mais
carismáticas da nossa terra "A BENEFICENTE". É r
edobrado
este meu sentimento pelo facto de se tratar de uma associação que, há cem anos,
tem vindo a desenvolver um serviço de Solidariedade Social
a favor dos mais necessitados e, em função desse tempo, estar a comemorar o seu
centenário. Tomando em devida consideração o auxílio
prestado aos seus pobres, aliado a data tão festiva, esta Junta de Freguesia, em
reunião convocada para o efeito, aprovou, por unanimidade, prestar a merecida
HOMENAGEM a esta instituição que é, ao mesmo tempo, a personificação de um
grande grupo de pessoas que, das mais diversas e variadas formas, deram e
continuam a dar vida à ideia concebida e desenvolvida por Francisco G
onçalves
Amorim (MIROMA).
Hoje, mais do que nunca, os problemas sociais - a
maior parte das vezes originados pelo decadente suporte económico da maioria das
famílias e pela solidão -, são visíveis ao mais comum dos mortais e, mesmo
àqueles que fingem não ver. Na nossa Terra haverá este tipo de "cegueira"?
Suponho bem que não. Mas adivinho, com certeza, a existência de algumas almas
generosas que disponibilizam muito do seu tempo, de lazer ou não, e também algum
do seu dinheiro, para servirem os pobres.
A atitudes deste género é costume chamarem-lhe: Cruzadas de Bem-Fazer.
Pessoalmente, gosto mais de outro nome:
SOLIDARIEDADE. Para gente de tamanha grandeza dirijo esta mensagem: Não se
envergonhem do vosso ALTRUÍSMO... porque os pobres envergonhados precisam de vós
e de todos nós.
Apesar da situação de crise vivida no nosso País
que, naturalmente, penaliza pessoas e instituições, esta Junta de Freguesia vai
co
ntinuar - dentro das suas limitações - a fazer o seu melhor, especialmente no
que concerne à ajuda prestada a instituições de Solidariedade Social. As
profundas e constantes remodelações da sociedade Portuguesa exigem, cada vez
mais, a obrigação de todos os cidadãos contribuírem com a sua generosidade, no
sentido de a DIGNIDADE HUMANA não ser apenas uma utopia. Nós, os Poveiros, não
queremos uma Terra com falta de solidariedade. Haja coragem e abnegação.
"A BENEFICENTE", no decorrer
dos seus cem anos,
tem demonstrado, através do voluntariado, dignidade dos seus dirigentes e
profissionalismo dos indispensáveis funcionários,
o verdadeiro significado da
SOLIDARIEDADE. Para eles, esta não é uma palavra vã.
Parabéns pelo CENTENÁRIO e obrigado pelo vosso
trabalho.
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim




15 de Maio de 2005
Instituto Maria da Paz Varzim

A realidade um País é, quer
queiramos ou não, o espelho da sociedade que o forma. Somos nós, os seres
humanos transformados em pessoas, que a constituímos. Portanto, um País, será
aquilo que o Povo quiser. Se existir GENEROSIDADE, HUMILDADE, DÁDIVA,
SOLIDARIEDADE e outros atributos que possam contribuir para uma sociedade mais
justa, fraterna e equilibrada, poderá dizer-se que as crianças - os futuros
Homens e Mulheres do AMANHÃ - passarão a ser mais felizes e, com isso, quando
forem adultos, contribuírem para um Mundo bem melhor, do que este em que
vivemos.
Esta nossa Terra, a Póvoa do Mar, tem o
privilégio de possuir no seu seio, um manancial de seres humanos com o coração
aberto aos mais carenciados, e para quem o HUMANISMO não é uma palavra de
circunstância. É, através desta boa gente, que se enriquece um País. É, com
Homens e Mulheres desta têmpera, que se define uma sociedade. Foram pessoas com
tamanha grandeza, que tornaram possível a concretização de um sonho: a realidade
do INSTITUTO MARIA DA PAZ VARZIM.
É grande o conforto, ao saber-se,
que nesta sociedade - onde o "valor" das pessoas é avaliado atr
avés
do dinheiro e (ou) do poder que possuem - ainda há gente que, sem receber nada
em troca, se dedica de alma e coração aos mais pobres, mais carenciados, mais
desprotegidos e, por consequência...mais infelizes.
Nesta Homenagem, que a Junta de
Freguesia tributa ao INSTITUTO MARIA DA PAZ VARZIM, pelos inestimáveis serviços
prestados à nossa Comunidade, não seria justo deixar de englobar, toda essa
gente anónima que, das mais diversas formas, com carinho e dedicação, se tem
disponibilizado para uma causa tão nobre, como a desenvolvida pela Instituição.
Sendo a componente SOCIAL, uma
das maiores preocupações desta Junta de Freguesia e tendo consciência da sua
escassez de recursos, não poderia deixar de apelar - aproveitando este
Reconhecimento Público - à sensibilidade de muitos outros corações generosos
que, com carinho, dedicação e trabalho, ajudam esta OBRA no desempenho da sua
difícil e árdua missão: PROTEGER E ORIENTAR as muitas crianças que acolhe.
BEM HAJA
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim




23 de Maio de 2004
Padre Fernando Telmo Teixeira
de Almeida

Portuense de nascimento, Padre por
vocação, Pedagogo convicto, Educador dedicado, Dirigente desportivo eficiente e
amante da informática, o Padre Fernando Telmo é, por direito próprio, um honrado
cidadão que adoptou a Póvoa como sua Terra, o Bairro Sul a sua esperança e a
Paróquia da Lapa, a sua paixão.
A sua forte personalidade, aliada ao alto
sentido de responsabilidade, muito contribuíram para solidificar uma sã
convivência entre os seus paroquianos.
Com a sua indómita vontade de acompanhar o
progresso e a modernização da Igreja, conseguiu captar um grande número de
jovens para a Ela se dedicar.
Pela sua amistosa ligação, a mulheres e
homens do mar, constitui um sólido grupo de acólitos que, por amor à sua
Paróquia, consigo colaborou.
Sei e compreendo a tristeza que o invade,
por não poder continuar a fazer mais pelos seus fiéis, devido à mágoa de,
após 42 anos, ter de abandonar aquilo que mais gosta: A SUA PARÓQUIA.
Apesar da sua precária saúde, estou crente
que, quer a Igreja quer a Póvoa, continuarão a usufruir do seu imprescindível
préstimo.
Bem haja Padre Fernando Telmo
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim




18 de Maio de 2003
Manuel Carvalho da Silva
Pereira
Falar de ilustres personalidades da
nossa
Terra, não é fácil. Honrá-las pelo seu trabalho, pela sua tenacidade, pelo seu
dinamismo, e, principalmente pela sua integridade, não será com certeza, uma
tarefa difícil.
O Sr. Manuel Carvalho da Silva Pereira,
além dos referidos predicados, possui outros atributos que o definem como um
Homem de CARÁCTER e de sensível DIGNIDADE Humana.
A Póvoa de Varzim, terra que o viu nascer,
muito lhe deve.
Nesse sentido, a Junta de Freguesia desta
cidade, fazendo juz á filosofia de HONRAR em vida os seus cidadãos, que de forma
desinteressada têm contribuído para o BEM ESTAR da população, resolveu enaltecer
e reconhecer publicamente, a sensibilidade e honradez do Sr. Manuel Carvalho da
Silva Pereira.
É com Homens deste jaez, que se pode
construir uma sociedade, onde a solidariedade não seja uma palavra vã.
A Póvoa agradece-lhe, senhor Manuel
Carvalho da Silva Pereira.
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim




19 de Maio de 2002
Dr.ª Leena Lucinda Costa
Vilarinho Marques

A Junta de Freguesia atenta a tudo quanto
dignifique a nossa Terra e a nossa Gente, deliberou ( por unanimidade) prestar
merecida e justa homenagem à Doutora Leena Marques.
Não sendo Poveira por nascimento, é na
Póvoa que trabalha, vive e convive nestas últimas três décadas.
Na singeleza deste acto, nada mais se faz
do que destacar e reconhecer as virtudes desta Senhora, consagradas na discrição
da sua filantropia, em prol da Comunidade Poveira.
Anjo da Guarda das crianças, protectora
dos idosos e amparo dos necessitados são atributos que, aliados ao seu exemplar
desempenho como Educadora e ao enorme interesse demonstrado no desenvolvimento
da Cultura, fazem da Dr.ª Leena Marques, exemplo vivo do que deve ser o
verdadeiro Cidadão.
Mulher simples; Educadora carinhosa;
Cidadã exemplar; Anónima no Bem-Fazer, são outros predicados que definem o seu
carácter.
É a esta leal servidora, que a Comunidade
Poveira hoje presta esta singela homenagem
Obrigada, Senhora Doutora Leena Marques.
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim



03 de Junho de 2001
Professor Filomeno Afonso
Terroso

Educador e cidadão.
Prestigiado professor, honrado cidadão,
Filomeno Afonso Terroso, não sendo um poveiro por nascimento, é-o por direito
próprio e distinção. Aqui na Póvoa de Varzim vive e convive ao longo de
muitos anos, como professor, homem público e cidadão.
Se ao longo de 45 anos, Filomeno Terroso,
foi um educador, um docente, que adquiriu elevado prestígio pela competência e
responsabilidade entre os seus pares, os seus alunos, muitos, de uma vida longa
de 45 anos de professorado, têm nele uma referência cívica e moral de exemplar
personalidade que só honra quem consigo conviveu e convive.
É a este exemplo vivo de educador e
cidadão, o professor Filomeno Afonso Terroso, homem simples, cortês,
personalidade prestigiante e prestigiada, que a Junta de Freguesia da cidade da
Póvoa de Varzim, publicamente, neste ano, primeiro de um novo século, presta
pública homenagem.
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim



28 de Maio de 2000
Dr. Luís Filipe Ramos de
Almeida Rainha

"Honrar os seus filhos, é honrar-se a si
mesmo", frase que pode parecer redundante, mas que na verdade reflecte uma forma
de sentir, nossa, dos Poveiros.
Sentimento que alia a memória, a tradição
e o reconhecimento, uma memória que a Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim
enaltece, reconhecendo publicamente aqueles seus filhos mais queridos, como é
agora o homenageado, Dr. Luís Filipe Ramos de Almeida Rainha.
Falar do Senhor Doutor Luís Filipe Ramos
de Almeida Rainha, como Homem, como cidadão, como profissional, é fazer uma
parte da história recente da memória da Vila da Póvoa de Varzim, menina cidade.
Filho dilecto da Póvoa, o mar que lhe deu
fama não passou ao lado deste Homem que lhe deu honra.
Aqui nasceu, cresceu e vive.
A Póvoa que o viu nascer é a terra que o
criou e à qual tanto deu. As inúmeras e notáveis contribuições que o desempenho
de lugares de destaque por si foram ocupados são a comprovação de seu amor á
terra e aos seus concidadãos.
Senhor de uma plurifacetada vivência, o
senhor Doutor Luís Filipe Ramos de Almeida Rainha é um distinto homem culto e
empreendedor.
Homem de carácter e personalidade é a este
filho que a comunidade rende hoje reverente homenagem.
Obrigado, Senhor Doutor Luís Filipe Ramos
de Almeida Rainha.
Daniel Gonçalves Bernardo
Presidente da Junta de Freguesia da
Póvoa de Varzim



Junta
de Freguesia

Marisa